Dai-lhes vós de comer!

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 Textos base: Mt.14:15-16; Mt.25:1-46; Sl.126.

          Recebi um vídeo por e-mail com uma mensagem que me fez envergonhar de mim mesmo, pois percebi o quanto estou acomodado na vida espiritual. Tenho me esforçado para mudar isso e tenho avançado bastante nesse sentido; o de dedicar-me mais na obra e na seara do Senhor, Tenho plena consciência de que estamos vivendo “o fechar das portas eternas”; mas o que estamos fazendo para resgatar as almas perdidas que estão indo para o inferno porque não há quem lhes leve a mensagem da salvação?

 No vídeo, que tentei repassar ao maior número possível de irmãos, conta a história de uma menina de apenas 13 anos que se converteu e logo após seu batismo, programou uma série de atividades evangelísticas entre crianças, idosos e até formou uma cooperativa de trabalhos artísticos entre famílias carentes do bairro. Estas atividades a mantinham ocupada praticamente todos os dias da semana. Levava, porém, sua vida de forma normal, estudava de manhã, ajudava em casa etc, mas, no tempo que sobrava à tarde se envolvia no seu trabalho de “missionária”, no evangelismo pessoal. Começou com poucas crianças e envolvia práticas artísticas, música, teatro e até culto de oração entre elas, algo que me fez refletir e me envergonhar do quão pouco tempo estou realmente investindo no reino de Deus. Esta pequena “missionária”, de apenas 13 anos, foi acidentada aos 14 quando ia para um trabalho de evangelismo, mas, levou 100 almas no seu “molho” para entregar ao Senhor da seara. O que me fez sentir a minha miséria diante do fato foi que ela, em um espaço de tempo de um ano ou menos, conseguiu levar 100 pessoas ao batismo por intermédio da sua dedicação ao seu Senhor e Salvador. Esta pequena irmã realmente entendeu o que significa “entregar a nossa vida a Ele como sacrifício vivo e agradável ao Senhor”-Rm.12:1-2. Confesso que senti vontade de chorar de vergonha ao refletir neste testemunho tão maravilhoso.

     Comecei a me questionar: “Se Jesus é o nosso exemplo a ser seguido, em que ponto, então, da nossa trajetória da vida espiritual, é que nós “perdemos o bonde”?” Aqui estavam, os próprios discípulos do Senhor que já o acompanhavam um bom tempo, diante de uma multidão “faminta e sedenta” sem saber o que fazer. Estavam totalmente desorientados e desesperados diante da situação. Ao refletir, me veio à mente o fato de que esta situação provavelmente aconteceu depois da missão dos 12 narrada em Marcos 6:6-13. Não podiam, então, reclamar da falta de experiência e preparo e nem da falta de conhecimento, pois já tinham sido enviados antes. A diferença estava no fato de que nesta nova situação, Jesus estava ali junto deles e a reação deles foi a de: “Passar a responsabilidade para a pessoa de Jesus”. Sabe, aquela atitude de lavar as nossas mãos e dizer: “Isso é trabalho dos pastores, presbíteros e missionários”. Como somos peritos em tirar o corpo fora de qualquer responsabilidade nesta tarefa que o Senhor “entregou nas nossas mãos”!

Olham um para o outro e se perguntam: “E agora, o que vamos fazer?” Resolvem levar o dilema a Jesus e recebem dele a mais dura e direta resposta que poderiam ter recebido: “DAI-LHES VÓS DE COMER!”. Jesus simplesmente lhes transmite o seguinte recado: “A responsabilidade é de cada um de vocês.” Ao ler esta resposta de Jesus, imediatamente me veio à mente o chamado de Isaías relatado no capítulo 6, versos 1-8. Este homem, que se julgava indigno e impuro, e que morava no meio dum povo de lábios impuros, ao ver a glória de Deus encher o templo, e ao pressentir o seu poder e ser tocado pela brasa viva tirada do altar, simplesmente se entrega e diz: “Eis me aqui, envia-me a mim”. Vejo neste relato quatro pontos importantes a considerar:

Primeiro: Isaías viu o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono. Se o filho de Deus, aquele que diz pertencer ao Rei dos reis, ao criador dos céus e da terra e que detém nas mãos todo poder e majestade, não reconhecer e se submeter a esta autoridade do Senhor, ele nunca verá a glória de Deus operando na sua vida. O povo de Deus o convocou e os Serafins clamavam: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos”, e a casa do Senhor se agitou com a voz que clamava, e a ela se encheu da Sua glória!! Se os filhos de Deus não entenderem e tiverem consciência desta autoridade e do Seu infinito poder, nunca poderão experimentar nem desfrutar da sua glória. Jesus pregava e fazia milagres diante de dez mil, quinze mil pessoas, mas menos de 120 realmente acreditaram na sua autoridade e palavra, Atos 1:8, 13-14; 2:1-4. A presença de Deus sacode e enche seus vasos de poder, pois o Espírito Santo vem Dele. Que tipo de “deusinho” você está adorando? Onde estão as suas convicções e firmeza na fé? Deus quer nos sacudir e encher com Seu poder: “E recebereis o poder do Espírito Santo que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas,...”, mas nós duvidamos da sua promessa e caímos no descrédito e comodismo.

Segundo: Isaías se julgou incapaz e indigno ao se deparar com o poder e a glória de Deus e se apavorou: “Ai de mim, que vou perecer”. Não foram estas quase as mesmas palavras de Pedro quando começou a reparar as ondas a seu redor e se esqueceu com quem ele andava? Mt.14:27-32:”Senhor, salva-me!” Parece que nos esquecemos de quem somos e com quem andamos. Gente, é o Senhor dos céus e da terra, o criador e dono de todo o universo!! Onde está a nossa fé Nele? Se não sairmos do barco da vidinha que levamos e formos em direção ao Senhor, nós não iremos experimentar este poder! Os discípulos custaram aprender esta lição, mas ao ver o Seu poder, disseram: “És verdadeiramente o Filho de Deus.” Você realmente acredita que Jesus, aquele que você diz ser teu Salvador e Senhor, é o Filho do Deus vivo? Então, comece andar de tal forma que mostre que você realmente acredita nisso. “E recebereis o poder ao descer sobre vós o Espírito Santo.”

Terceiro: Mas um dos Serafins trouxe uma “brasa viva” do altar de Deus e toca seus lábios impuros e o torna um instrumento “capaz” e “digno”, removendo a sua iniqüidade e apagando todos seus pecados. Quando nós, de coração íntegro e sincero, aceitamos a Cristo e nos entregamos de corpo e alma a Ele, é precisamente isso que vai acontecer em nós. Diz a palavra que somos “selados”, literalmente tocados com a brasa viva do Espírito Santo para o dia da nossa redenção. Foi isso que as quase 120 pessoas experimentaram no dia de Pentecostes. Foi este mesmo poder que transformou Pedro, um simples e rude pescador, num instrumento para ganhar mais de 3.000 almas. Foi isso que a pequena Alessandra, de 13 anos, experimentou em sua curta vida com Deus e a capacitou para ganhar 100 almas. Sim, necessariamente tem que haver uma transformação total quando se conhece a glória e o “poder” de Deus.

Quarto: Este talvez seja um dos passos mais difíceis de serem tomados quando se “ouve a voz do Senhor” dizendo: “Quem enviarei, e quem irá por nós?” Repare a maneira com que Ele se expressa aqui: “...quem irá por nós?” Fiquei pensando nesse “por nós” e na hora me lembrei das palavras de Jesus quando Ele disse: “Ide, eis que vos mando como cordeiros no meio de lobos.” Lc.10:1-9.

Certamente, Deus, aquele que tem o poder de suscitar das pedras filhos a Abraão (mas não o fez), não poderia Ele simplesmente mandar seus anjos para fazerem essa tarefa? E certamente o fará quando Ele voltar. Claro que sim, mas Deus escolheu o seu povo, os crentes em Cristo Jesus, para executarem esta grandiosa tarefa, Mt.28:18-20. Sim, Jesus nos envia como cordeiros entre lobos para “fazermos” discípulos de todas as nações. Você já reparou o tempo do verbo aqui aplicado? É imperativo. E o que isso implica na vida de cada filho de Deus? Até aqui tudo bem, mas agora vem a parte mais difícil. Ouvir a voz de Deus é fácil. Todo domingo, ou culto, se “ouve a voz de Deus” através dos estudos, das pregações e até pela simples leitura da Sua palavra. O problema está em responder a essa voz e dizer: “Eis-me aqui, manda-me a mim.” A seara está aí e os campos estão ficando brancos para a colheita e Jesus está pedindo “trabalhadores” para a tarefa de ganhar almas para o seu reino, a seara do Senhor. Qual será a sua resposta?     Para concluir; será que ainda é preciso comentar o que Jesus quis dizer quando respondeu: “Dai-lhes vós de comer!”

Sempre esperamos que “os outros”, principalmente os pastores, presbíteros, diáconos, missionários, evangelistas e demais colaboradores da igreja, façam este trabalho. Mas Jesus lançou a responsabilidade nas mãos dos seus discípulos. Hoje, esta responsabilidade de dar de comer do pão da vida, Jo.6:35, 51, e dar de beber da água que jorre para a vida eterna Jo.4:10, às multidões de almas famintas e sedentas que vagam por aí, está nas mãos de cada crente em Cristo Jesus.

Você, querido irmão, querida irmã, é individualmente e exclusivamente responsável por ganhar almas para o Senhor e seu reino. É este o recado dado por Jesus nas parábolas do semeador e a dos talentos. Mas infelizmente há muito “joio”, crente entre espinhos, no meio das igrejas de Cristo, Mt.13:14-17 e 22. Eles ouvem a palavra todo domingo, culto, estudo ou pregação, MAS, OS CUIDADOS DO MUNDO SUFOCAM A PALAVRA E FICA INFRUTÍFERA. O que acontece na vida deste tipo de “crente nominal”? SIMPLESMENTE NÃO DÁ FRUTO, não ganha almas para o Senhor e para o seu reino.

Será que agora estamos prontos para responder a ordem do Senhor Jesus? Dai-lhes vós de comer!Eis-me aqui Senhor, manda-me a mim 

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